Fight
Club (1997)
Director:
David Fincher
IMDb:
8,9
O narrador, que não tem nome, mas é associado a Jack (Edward
Norton), conduz-nos à sua confusão emocional, sendo esta incentivada por
insónias e insatisfação perante a monotonia da sua vida. Jack encontra alguma
emoção em variados grupos de suporte/ajuda até se deparar com Marla (Helena
Bonham Carter), uma mulher misteriosa que o obriga a confrontar-se com as suas
próprias mentiras, fazendo com que este não consiga retirar partido da
experiência. Mais tarde, Tyler (Brad Pitt) aparece numa viagem de trabalho do
narrador, deixando-o intrigado com a sua atitude extravagante. Por
circunstâncias curiosas os dois acabam por viver juntos e criam, literalmente,
um clube de combate de modo a libertarem-se do stress das suas vidas.
A acção desenvolve-se com filosofias argumentadas pelas
diferentes personagens e a violência, para além de física é também psicológica.
Refletindo e apresentando-nos soluções para temas como o comodismo, o
consumismo e o aprisionamento social.
É-nos exposto um final inesperado, que pessoalmente me
deixou estupefacta. Dúvidas que pudessem ficar por esclarecer ao longo do filme
são esclarecidas e revendo-o compreendemos algumas pistas que podiam antecipar
o fim.
Num plot twist expandido pelos últimos 20 minutos, somos
transportados à conclusão com uma música muito bem enquadrada. Where Is My
Mind? da banda norte americana que é umas das pioneiras do rock
alternativo, os Pixies. Ainda hoje esta música é associada ao filme, pois
prolonga o clímax da narrativa até aos créditos, não nos deixando abandonar o
sentido do que foi visualizado imediatamente após o desfecho da última cena. Na
incerteza de que a música é dirigida às personagens, aos cinéfilos ou a ambos,
aponto esta como tendo sido a minha 1ª experiência de quanto uma música pode possuir
tamanho impacto para enriquecer um filme. A escolha músical foi perfeita e
totalmente de acordo com o desfecho da obra.
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