10/07/2015

Fight Club

Fight Club (1997)
Director: David Fincher
IMDb: 8,9


Fight Club é tudo aquilo que o nome nos indica. David Fincher apresenta-nos um argumento forte com diálogos inteligentes e cenas violentas que proporcionam ao espectador um enredo alucinante e envolvente.
O narrador, que não tem nome, mas é associado a Jack (Edward Norton), conduz-nos à sua confusão emocional, sendo esta incentivada por insónias e insatisfação perante a monotonia da sua vida. Jack encontra alguma emoção em variados grupos de suporte/ajuda até se deparar com Marla (Helena Bonham Carter), uma mulher misteriosa que o obriga a confrontar-se com as suas próprias mentiras, fazendo com que este não consiga retirar partido da experiência. Mais tarde, Tyler (Brad Pitt) aparece numa viagem de trabalho do narrador, deixando-o intrigado com a sua atitude extravagante. Por circunstâncias curiosas os dois acabam por viver juntos e criam, literalmente, um clube de combate de modo a libertarem-se do stress das suas vidas.
A acção desenvolve-se com filosofias argumentadas pelas diferentes personagens e a violência, para além de física é também psicológica. Refletindo e apresentando-nos soluções para temas como o comodismo, o consumismo e o aprisionamento social.
É-nos exposto um final inesperado, que pessoalmente me deixou estupefacta. Dúvidas que pudessem ficar por esclarecer ao longo do filme são esclarecidas e revendo-o compreendemos algumas pistas que podiam antecipar o fim.
Num plot twist expandido pelos últimos 20 minutos, somos transportados à conclusão com uma música muito bem enquadrada. Where Is My Mind? da banda norte americana que é umas das pioneiras do rock alternativo, os Pixies. Ainda hoje esta música é associada ao filme, pois prolonga o clímax da narrativa até aos créditos, não nos deixando abandonar o sentido do que foi visualizado imediatamente após o desfecho da última cena. Na incerteza de que a música é dirigida às personagens, aos cinéfilos ou a ambos, aponto esta como tendo sido a minha 1ª experiência de quanto uma música pode possuir tamanho impacto para enriquecer um filme. A escolha músical foi perfeita e totalmente de acordo com o desfecho da obra.

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