Sempre adorei os Rise porque as suas músicas se enquadram em diferentes estados de espírito, temos as típicas baladas, bem como músicas sempre a abrir e outras que se ficam no intermédio. Não sendo propriamente fã dos dois primeiros álbuns da banda, foi a partir de Siren Song of the Counter Culture (2004) que comecei a prestar mais atenção ao percurso do grupo, cujo frontman é Tim McIlrath, vocalista portador de uma das melhores vozes de sempre na minha opinião. Do álbum acima mencionado constam algumas das minhas músicas preferidas como Life Less Frightening, Paper Wings, Swing Life Away e Rumours of My Demise Have Been Greatly Exaggerated.
Outro factor que me faz gostar tanto destes americanos de Chicago são as letras das suas músicas, repletas de significado e de mensagens importantes. Os Rise Against são em parte aquilo que é chamado de banda de intervenção, falando nos seus temas de problemas mundiais, atacando alguns actos governamentais e chamando a atenção das pessoas para aquilo que se passa ao seu redor. Mas pondo agora o mal do mundo de parte, a banda também tem um lado sentimentalista tendo então músicas sobre os aspectos da vida mais pessoais, como o amor, a realização pessoal, etc. Muitas das suas faixas reflectem sofrimento e é com sofrimento que chegamos a The Sufferer & The Witness (2006). Para mim este é o melhor álbum da banda até hoje e recomendo a sua audição na íntegra porque não consigo definir uma música que ache inferior às outras.
Em 2008 eis que surge Appeal to Reason, álbum portador da faixa com maior sucesso dos Rise Against. Savior foi o 3º single deste AtR e teve sucesso imediato fazendo as vendas disparar em larga escala. Para mim, é uma música boa mas não chega nem perto daquelas que considero "as melhores" e diria até que este 5º álbum da banda se encontra uns bons furos abaixo do seu antecessor. De qualquer maneira é neste que encontramos uma música que fez sucesso no jogo Guitar Hero World Tour, Re-Education (Through Labor). Destaco também Hero of War, uma balada sobre guerra que em formato acústico se torna deliciosa para os ouvidos.
2011 e 2014 trouxeram-nos Endgame e The Black Market respectivamente. Dois longa duração que considero muito parecidos, não só pela sonoridade da banda mas também por uma nova calma que se instalou nas suas músicas. Com isto não quero dizer que a qualidade tenha diminuído, acho é que as músicas de tornaram mais ponderadas a nível da sua constituição. Em Endgame encontramos músicas contra a homofobia como Make It Stop (September's Children), Help Is on the Way acerca da destruição causada pelo furacão Katrina e a minha escolha, Satellite que foi usada como promoção de um jogo da WWE (World Wrestling Entertainment). De The Black Market adoro os dois singles, I Don't Want to Be Here Anymore e Tragedy + Time mas a minha eleição vai para a música homónima que dá o nome ao CD, The Black Market.
Os Rise Against contam ainda com um grande guitarrista: Zach Blair.
A última passagem da banda de Illinois por Portugal deu-se em 2010 no dia 6 de julho e com muita pena minha não os pude ir ver. A setlist foi do concerto foi a seguinte:
1. Collapse (Post-Amerika)
2. State of the Union
3. Re-Education (Through Labor)
4. Long Forgotten Sons
5. Injection
6. The Good Left Undone
7. Chamber the Cartridge
8. Drones
9. The Dirt Whispered
10. Audience of One
11. From Heads Unworthy
12. Savior
13. Survive
14. Blood-Red, White & Blue
15. Prayer of the Refugee
Encore:
16. Swing Life Away
17. Hero of War
18. Entertainment
19. Give It All
20. Ready to Fall
Long Forgotten Songs: B-Sides & Covers (2000-2013) é um álbum que tal como o nome o diz é composto por B-sides e covers, de onde retiro outra das minhas predilectas, Lanterns.
How we survive is what makes us who we are.
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