A sequência Lover Lay Down, Sattelite e Grey Street deixam a audiência rendida: podia ter acabado ali o
concerto que sairíamos satisfeitos. Um muito suado Dave Matthews explica-nos
que já há algum tempo que os seus concertos eram compostos por duas partes. Aconselha-nos
a ir beber uma ‘’cerveza’’ no seu português esforçado e agradece com um ‘’obrigado
very much for coming’’. No entanto, não acaba aqui. Como é clássico do público
português, ainda há tempo para um coro acompanhado de palmas com o ritmo de Grey Street e Carter Beauford,
baterista, não consegue resistir e volta ao palco para um solo de bateria. Se
foi uma jogada de marketing antecipada? Não sabemos (e quero acreditar que não).
Mas que soube muito bem, isso soube.
Cerca de 20 minutos depois entra Dave Matthews, sozinho, acompanhado apenas de um piano e interpreta Death on the High Seas e de seguida Little Red Bird e diz-nos: ‘’I think I wrote this for my kids, cus’ I like them’’. Seguem-se cerca de mais 2h horas de música, boa música. O seguimento de Don't Drink the Water, #41 e So Much to Say deixa toda a gente completamente desinibida. Não havia ninguém que não desse o seu pézinho de dança e é normal: a energia e a alegria com que esta banda toca é completamente contagiante. Dave Matthews, toca e dança como se não houvesse amanhã, sempre com um sorriso maroto e expressões muito características, gosta de divertir o público. 48 anos de idade e ainda tem um alma de um jovem de 20. O resto da banda assim o é também.
Cerca de 20 minutos depois entra Dave Matthews, sozinho, acompanhado apenas de um piano e interpreta Death on the High Seas e de seguida Little Red Bird e diz-nos: ‘’I think I wrote this for my kids, cus’ I like them’’. Seguem-se cerca de mais 2h horas de música, boa música. O seguimento de Don't Drink the Water, #41 e So Much to Say deixa toda a gente completamente desinibida. Não havia ninguém que não desse o seu pézinho de dança e é normal: a energia e a alegria com que esta banda toca é completamente contagiante. Dave Matthews, toca e dança como se não houvesse amanhã, sempre com um sorriso maroto e expressões muito características, gosta de divertir o público. 48 anos de idade e ainda tem um alma de um jovem de 20. O resto da banda assim o é também.
Ouvem-se os jams infindáveis e apercebo-me como aquelas pessoas que estão juntas em cima do palco têm tanta sorte em poderem fazer aquilo que gostam: música, e de uma maneira tão bela. Não há uma única pessoa que seja capaz de desrespeitar o que estão a ver. Quando estávamos nestes jams não se ouvia ninguém a falar, simplesmente se apreciava a música na sua mais bela forma. Dançava-se, sorria-se, alguns choravam. Incrível como algo nos faz sentir tão bem. ‘’Não há banda como esta’’, ouvi alguém ao meu lado, a dizer. É verdade, sim senhora.
What Would You Say, Jimi Thing, Pantala Naga Pampa e Rapunzel, os quatro clássicos da banda norte-americana que fechavam a parte 2 deste concerto. Com o sentimento que se deu tudo, pedia-se mais, Porque apesar de terem passado cerca de 3 horas, não foi suficiente. As luzes ainda permaneciam apagadas quando, espontaneamente, milhares de pessoas na MEO Arena ligaram as lanternas do telemóvel, acenderam os isqueiros ou qualquer coisa que emitisse luz e criou-se um ambiente mágico.
Os membros da banda chegam para um Encore e mostram-se deliciados com o
gesto do povo português que tem de tão característico ser tão quente na
recepção aos artistas. Acabam o concerto com o hino Ants Marching, e ninguém se quer ir
embora. ‘’Já acabou mesmo?’’ pergunta-se. Para desgosto de muita gente, sim. Já
tinha acabado. 3h30 de concerto e pedia-se mais. O que se viu ontem no ex-Pavilhão
Atlântico foi uma lição. Uma lição de como não se precisa de ter a maior
produção do mundo, nem de estar constantemente a falsamente vangloriar o
público para ter mais aplausos. A Dave Matthews Band é uma daquelas bandas que
não precisa de mais nada sem ser os seus instrumentos para nos proporcionar um bom
espetáculo. Tem energia e acima de tudo sabe fazer música. Têm musicalidade no sangue
e aproveitam-se bem disso. Não me lembro de algum vez ter visto algo assim. Sem
dúvida alguma, foi inesquecível.
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